A proposta do PSD sobre a privatização da RTP, a integrar na nova Lei da TV, foi esta quarta-feira chumbada pelo PS, PCP e BE, mas animou a discussão na Comissão de Ética.
proposta fica sem efeito na nova Lei da TV, que continua a conceder à RTP o serviço público, mas foi alvo de uma ‘animada’ troca de palavras entre deputados.
“Uma coisa é o serviço público, outra é um canal público. Deve existir um serviço público de televisão, mas não nos termos em que ele tem vindo a ser feito”, disse Carla Rodrigues (PSD).
As palavras da deputada mereceram nota imediata do bloquista Pedro Filipe Soares: “Afinal a cartilha do dr. Agostinho Branquinho continua bem viva.
A RTP promove um serviço público que consideramos essencial para os portugueses."
Também a deputada Inês de Medeiros (PS) considerou que “o PSD decidiu entrar numa batalha contra o serviço público”, que o deputado João Oliveira (PCP) recordou “ser uma garantia da Constituição”. Já o CDS-PP, que se absteve na votação final, não deixou de concordar com o sociais-democratas.
Fernando Negrão (PSD) não deixou escapar as críticas observadas pelos pattidos da esquerda e também lançou farpas: "Não temos uma cartilha de Branquinho, de Filipe Soares ou de Louçã. A nossa posição é a despesa do serviço público.”
E rematou: “Está em curso uma revisão constitucional e apresentamos uma proposta que está de acordo com ela.”
Negrão diz que PCP e BE “estão amarrados à RTP”.
O BE acusa o PSD de ser “preconceituoso contra o canal do público”.
Fonte: blogrtp